correm os dedos
por tua pélvis
o toque doce
do terremoto
na tua pele
o concreto derrete
e as ruas se curvam
não há mais dobras ou esquinas
só voltas
e voltas
e voltas...
aceleram os lábios
nos caminhos da nuca
as ruas, agora, são ondas
que estouram aos teus pés
e teus pés se atravessam
e teus pés se contorcem
emaranhados
com os meus.
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