1/09/2012

Dois dedos de sono.

Com passos lentos, pesados
Arrasto pra cama um corpo suado
Que é o meu.

Durmo pouco e pouco durmo.
As horas se passam, mas curtas, de pouco servem.
Acordo como quem jamais na vida conheceu um leito.

Desfeito levanto,torturado me banho e saio.
O coletivo é um surdo carro fúnebre.
o dedo bate o ponto inerte e sem cor.

Permaneço imóvel, idéias embotadas.
A ressaca é impiedosa.

Mas antes, como flutuei!

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