1/25/2012

Salicílico

Taquigráfo mortadélico
De morte felogênica
Antepasto betuminoso
De onde voam bacamartes tingidos
E é tudo tão lindo!
E é tudo transversal!

De quando quando, uma vaca,
meteorito atroz, engripa.
O contorno milimétrico
No entanto, se caverna, se espatifa.
Nemequí tepá.

1/23/2012

Rant

O please understand
I'm not betrothed
I hold but a gaze of your former self
Caged, intertwined in fingers of shadows
Blazes of night's tentacular posessions.

Be not affraid, for little do I know
that's never been said by whisperers
of yester years
Long do I for a glance of fever
Pale noughts in a starry sky
The fervorous wanderer wonders words of worlds gone by

Must one rejoice upon brilliant carcases of time?
Ask and retrieve, ask and it shall be conceived
Conceited monsters of appalling stature
Raising raisins roses high
labouring, toiling, bewildered are we
Chanting tomorrow's goodbye
Fare well, be gone.
No hot stove awaits your journey.
Depart to the departed
love it is not
Feeble, as I, but none the richer
We are.
Não me resta senão agradecer-te;
Incutiste em mim o ribombar das dúvidas
Ao lembrar dos devaneios de outrora.

1/09/2012

Dois dedos de sono.

Com passos lentos, pesados
Arrasto pra cama um corpo suado
Que é o meu.

Durmo pouco e pouco durmo.
As horas se passam, mas curtas, de pouco servem.
Acordo como quem jamais na vida conheceu um leito.

Desfeito levanto,torturado me banho e saio.
O coletivo é um surdo carro fúnebre.
o dedo bate o ponto inerte e sem cor.

Permaneço imóvel, idéias embotadas.
A ressaca é impiedosa.

Mas antes, como flutuei!